Maria luiza lazzareschi x house of wander

Uma viagem para Africa

Para Maria Luiza Lazzareschi, viajar é uma forma de se conectar — com o mundo, com culturas pouco conhecidas e, acima de tudo, consigo mesma. Amante dos animais e apaixonada por destinos fora do comum, ela encontrou algo verdadeiramente especial na África. O vínculo foi tão profundo que, hoje, ela até tem um elefante por lá. Sim, você leu certo.

Conheça Maria Luiza

A paixão de Maria Luiza por viagens começou cedo, incentivada pelo amor dos pais por descobrir novos lugares. Desde pequena, ela e sua irmã foram encorajadas a explorar o mundo — mas com uma regra importante: elas precisavam conhecer seu próprio país primeiro.

Seus pais acreditavam que, antes de pisar em terras distantes, as meninas deveriam compreender a riqueza e a diversidade do Brasil. Assim, suas primeiras aventuras as levaram pelas principais capitais do país, de norte a sul, ajudando a moldar a profunda admiração de Maria Luiza pela cultura e pelas paisagens brasileiras.

Depois de explorarem boa parte do Brasil, a família começou a viajar para o exterior, com a Europa sendo o destino favorito — especialmente Itália, Portugal e Espanha. Mais tarde, Maria Luiza deu continuidade à sua jornada internacional ao se mudar para os Estados Unidos para estudar, expandindo não apenas seus horizontes acadêmicos, mas também sua visão de mundo.

Para ela, viajar não é apenas riscar destinos de uma lista — é vivenciar o mundo de forma mais profunda e significativa. Cada viagem deixa uma marca, acrescenta uma história e abre uma nova perspectiva.


Maria Luiza em sua viagem para Rwanda com os gorillas.

"É impossível não se apaixonar por viajar", diz Maria Luiza. "Você aprende tanto, conhece novas pessoas e cria todos os tipos de conexões — com a história, a cultura, a geografia, a natureza... e isso é uma sensação maravilhosa."



Sua paixão pela Africa

A profunda conexão de Maria Luiza com a África começou com seu amor de toda a vida pelos animais. Ela é absolutamente apaixonada por eles — tanto que é vegetariana há 25 anos.

“Simplesmente não me sinto confortável comendo animais,” ela explica. “É uma escolha pessoal. Não tento convencer ninguém a fazer o mesmo, e não julgo quem come carne. Cada um deve fazer o que sente que é certo para si.”

Essa empatia e respeito por todos os seres vivos naturalmente a levaram à África, onde a vida selvagem e a beleza bruta da natureza a tocaram de forma profunda. Foi um lugar que despertou algo dentro dela — um vínculo que ela carrega até hoje.

Sua primeira viagem ao continente africano a levou diretamente ao Quênia e à Tanzânia — uma jornada que marcou um verdadeiro ponto de virada em sua vida. Foi lá que Maria Luiza conheceu a Sheldrick Wildlife Trust, uma organização que resgata elefantes órfãos, cuida deles por cerca de dois anos e depois os reintegra à natureza.

Muitos desses elefantes ficam órfãos por causa da caça ilegal de marfim — algo que ela considera absolutamente devastador e sem sentido no mundo de hoje — enquanto outros perdem suas famílias por causas naturais.

Profundamente tocada pelo trabalho da organização, Maria Luiza começou a adotar elefantes por meio da fundação. Já se passaram dez anos desde que ela começou a apoiar esses órfãos em Nairóbi, no Quênia — um compromisso que reflete não apenas seu amor pelos animais, mas também sua crença na importância de proteger as criaturas mais vulneráveis do planeta.

https://www.sheldrickwildlifetrust.org/

Desde então, a maioria das viagens de Maria Luiza a levou de volta à África — um continente onde ela encontrou não apenas uma cultura marcadamente diferente, mas também um senso de propósito. Sentiu-se profundamente atraída pela simplicidade das comunidades locais e inspirada pelo desejo de ajudar de maneira significativa.

Em uma dessas viagens, ela foi a Ruanda para ver os famosos gorilas-das-montanhas. Enquanto estava em Kigali, a capital, ela conheceu uma iniciativa local que ajudava famílias a construir casas tradicionais de barro feitas à mão. Tocada pela resiliência e acolhimento das pessoas, Maria Luiza se envolveu com o projeto e passou a apoiar os esforços da comunidade.

Sua conexão com a África vai muito além da vida selvagem e das paisagens — ela está enraizada nas pessoas, nas histórias e em um senso de humanidade compartilhado.




Destinos favoritos na Africa

Ela costuma viajar sozinha — não por necessidade, mas por escolha. “Quando você está sozinha, realmente se integra ao ambiente, à cultura e à comunidade local,” ela diz. “Você aprende a viver no ritmo do lugar onde está.” Essa forma de pensar se aplica não apenas na África, mas também na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos.

Independentemente do destino, Maria Luiza sempre prioriza a natureza. Na Itália, por exemplo, ela se sente atraída pelas Dolomitas, em vez das cidades movimentadas. Recentemente, também explorou as Ilhas Galápagos — o berço da teoria da evolução de Darwin — outro destino que reflete sua paixão por ecossistemas únicos e pelo mundo natural.





Hospedagens favoritas


Maria Luiza costuma se hospedar em lodges deslumbrantes, frequentemente administrados pela &Beyond, uma renomada empresa que atua em diversos locais incríveis pelo continente africano. Apesar dos cenários luxuosos, sua abordagem às viagens é profundamente imersiva.


Por onde começar se você quer ir à África?

Claro, viajar pela África nem sempre é simples — pode ser caro e exige planejamento cuidadoso. Mas, para quem está começando a explorar o continente, Maria Luiza recomenda começar pela África do Sul.

“É mais acessível, mais fácil de se locomover e uma ótima introdução às paisagens e à vida selvagem africana,” ela explica. “Os safáris lá são um pouco mais estruturados — você não precisa acampar no meio da natureza selvagem como faria no Serengeti, no Maasai Mara ou no Delta do Okavango, em Botsuana.”

Para os viajantes de primeira viagem, a África do Sul oferece um bom equilíbrio entre conforto e aventura, sem deixar de lado a magia da natureza e da cultura africanas.

Próximo destino dos sonhos

O próximo item na lista de desejos de viagem de Maria Luiza? Japão. É um destino que há muito tempo a fascina — um lugar onde a tradição e a inovação coexistem, e onde ela espera mergulhar profundamente em mais uma cultura rica e única.